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FORMOSO DE MINAS

FORMOSO DE MINAS
FORMOSO

Wednesday, November 28, 2007

BANCO DE DADOS SOBRE FORMOSO-MG

VOVÓ BRISDA – MÃE PRETA DE FORMOSO

Xiko Mendes

Era negra, linda e donzela
Antes de ir para a cama,
Amante de Brás Ornelas
Lá em terras lusitanas.

Era donzela, linda e negra,
Não era qualquer mucama;
Vivia livre como princesa
Lá em terras africanas.

Era negra, donzela e linda;
Em Formoso tem a fama
De ter vivido no Piratinga
Lá em terras urucuianas.

Era donzela, linda e negra
E, acima de tudo, mulher
Exalando a sua beleza
Como as ondas da maré.

Era negra e linda donzela
Quando ainda era virgem.
Não negue porque é dela
Essa nossa mulata origem!

CAVALGAR
“Senhores, MEUS CAVALEIROS, PODEM PASSAR, sem susto e com gosto (...)”.
ROSA, Guimarães; GRANDE SERTÃO: VEREDAS, 33ª impressão, Rio, Nova Fronteira, 1988, p. 473.

Vander O. Borges
CAVALGAR é se expor ao vento;
Deliciar-se com o Sol da Alvorada;
Acomodar o pensamento;
SER TUDO, SER NADA !!!

CAVALGAR é sentir o Sol e a chuva:
Toque das mãos do Criador,
Doce sabor da uva,
PUREZA, PAZ e AMOR.

CAVALGAR é buscar a Fonte,
Percorrer TRILHAS, Espigões e Campinas;
Desbravar encostas e montes;
Vencer os SERTÕES DE MINAS!

CAVALGAR é...
Preservar as TRADIÇÕES e a NATUREZA!
No balanço do cavalo o Reviver da História!
Hoje com a bandeira da ECOLOGIA:
Vida, VERDE, Vitória!!!

CAVALGAR é se dar ao aprendizado
Na aridez do agreste, no frescor da ÁGUA nascente;
No cansaço do corpo que purifica a alma
A sensação de ser PÁSSARO, RIO, serpente!

A essência humana é alegria, amor, simplicidade
Como a Lua, o Sol, o Abraço, o Aperto de Mão...;
CAVALGAR é fonte de FELICIDADE...,
AMIZADE, FORÇA, INTEGRAÇÃO!!!

BANCO DE DADOS SOBRE FORMOSO - MG
1 – LOCALIZAÇÃO:

Formoso pertence à Macro-região SUDESTE DO BRASIL. Localiza-se na Mesorregião NOROESTE DE MINAS integrando o extremo norte da microrregião de Unaí.
É um município do Médio São Francisco com 14’56”59º de latitude sul e 46’15”35º de longitude oeste.
Tem um território de 3.833,40 Km2 com clima tropical de altitude.
Fica a 263 Km de Brasília-DF e a 860 Km de Belo Horizonte – MG (distância por via terrestre).

2 – FRONTEIRAS INTERMUNICIPAIS:

Formoso fica no marco divisório denominado TRIJUNÇÃO: divisa de Minas Gerais com Goiás e Bahia ou divisa das regiões Sudeste, Centro-oeste e Nordeste. E divide-se...
Ao norte com Cocos-BA;
Ao noroeste com Sítio d’Abadia – GO.
A oeste com Alvorada do Norte – GO.
A sudoeste com Flores – GO.
Ao sul com Buritis – MG.
A sudeste com Arinos – MG.
A leste com Chapada Gaúcha – MG.

3 – ONDE COMEÇA E ONDE ACABA O MUNICÍPIO DE FORMOSO?

“Começa no rio São Domingos na foz do córrego Pedra de Amolar; segue por este Rio acima até defronte a cabeceira do córrego Gameleira, na Serra Geral de Goiás (divisor de águas das bacias do Urucuia/Paranã); segue por esta Serra (divisa MG/GO) até o Marco Trijunção. Daí segue até a cabeceira do rio Carinhanha, desce por este (na divisa MG/BA) até a foz do rio Preto. Sobe este Rio até a foz de seu afluente, o ribeirão Santa Rita; prossegue subindo este ribeirão até a foz da vereda Três Irmãos; sobe por esta até a confluência de seus dois braços formadores e daí passando pelas cabeceiras do Rio Preto (já citado), pela vertente da margem esquerda do córrego do Costa, passando pela Serra da Bocaina até atingir a foz desse córrego no rio Piratinga; desce por este até a foz do córrego Taquaril; sobe por este córrego até sua cabeceira, continua por espigão até o ponto fronteiro à cabeceira do córrego Pedra de Amolar; e desce por este córrego até sua foz no rio São Domingos”.

4 – ESTRUTURA VIÁRIA:

O acesso rodoviário à Cidade é feito, indiretamente, pela BR-020 (Brasília-Fortaleza) ou pela rodovia estadual GO-444 (Sítio d’Abadia – Alvorada do Norte) e diretamente pela rodovia estadual MG-400 (Formoso-Unaí). Dentro do município há dezenas de estradas vicinais ligando as comunidades rurais.

O Censo do IBGE em 2000 registrou uma população de 6.517 habitantes. Último censo: FICO DEVENDO A RESPOSTA.

5 – ESTRUTURA URBANA

O Perímetro Urbano de Formoso é baseada na Planta Cadastral aprovada em 1990 e ocupa uma área de duzentos e cinco hectares, um are e quarenta centiares que corresponde a 2.050.140 metros quadrados totalizando 196 quadras e 2.110 lotes assim distribuídos: Setor I: 82 quadras e 1.003 lotes. Setor II: 41 quadras e 381 lotes. Setor III: 56 quadras e 513 lotes

· 1830 – 1870: Arraial de Nossa Senhora do Formoso.
· 1870 – 1962: Vila Formoso. Entre os anos 1930 e 1950 surge o povoado de Goiaminas.
· 1963 – 1980: Formoso é composto de apenas um bairro: o Centro antigo limitado ao norte pela Rua Felipe Tavares e ao sul pela atual Avenida Castelo Branco.
· 1980 – hoje: a cidade se compõe de cinco sub-áreas urbanas: Centro Antigo já citado, Barroca, Expansão acima da Casemg, Cerrado Quente e Capuava (que está metade dentro e outra fora do Perímetro Urbano).
· Fora do Perímetro Urbano: Vale do Amanhecer (1981) e Vila Goiaminas elevada a distrito em 2003.

6 – ESTRUTURA DOS PRINCIPAIS SERVIÇOS PÚBLICOS:

· Educação: três escolas no distrito-sede (uma municipal e duas estaduais) e mais duas importantes escolas municipais no território do Município. O sistema de ensino é dotado da educação infantil ao superior com faculdade em campus provisório.
· Saúde: conta com um hospital municipal e outras pequenas unidades de saúde.
· Comunicações: Telefone, correios, televisão e emissora de rádio. Tem internet em sistema precário.
· Saneamento: água potável, energia elétrica e asfalto parcial no distrito-sede.
· Não tem esgoto nem estação de tratamento de lixo,

7 – ESTRUTRURA LUDO-TURÍSTICA:

· Área urbana: Lago Formoso, Jatobás centenários, Igreja, algumas casas antigas, arte sacra (estátuas de santo e do Cristo Redentor), etc.
· Área Rural: casarões de fazenda como a da Bela Lorena, Parque Nacional Grande Sertão Veredas, Gruta do Feio, Serras do Piratinga e do São Domingos, etc.
· Hospedagens e diversão: dois hotéis e um clube social.
· Principais eventos realizados anualmente: Aniversário da Cidade (1º de março), Festa de Santo Antônio (junho), Cavalgada Ecológica (feriado de Corpus Christie), Festa de Julho e Reveillon.

8 – ESTRUTURA HIDROGRÁFICA DO MUNICÍPIO:

MICROBACIA DO LAGO FORMOSO
Formada pelo córrego Formoso – que dá nome à Cidade – a microbacia constitui-se do Lago homônimo represado em 1998 na 10ª Administração do Município. O córrego Formoso tem como afluentes principais a grota Barreiro, o riacho Monte Alegre e a Vereda Estiva, além de outras pequenas nascentes que deságuam no seu leito. O córrego Formoso desemboca no ribeirão Rasgado – afluente do rio Piratinga.
A Microbacia do Lago Formoso, além de seu indiscutível potencial eco-turístico, apresenta-se como de vital importância para a sustentabilidade da Cidade de Formoso, sobretudo como fonte de abastecimento de água potável nas próximas décadas quando a população urbana crescer e aumentar, mais ainda, as demandas por serviços de saneamento ambiental – rede de esgoto e de água, por exemplo.

SUBBACIA DO ALTO MÉDIO PIRATINGA
Principal região hidrogeoeconômica de Formoso, compreende o norte e centro-oeste do município e aí encontra-se localizada a Cidade. É o que tem em seu curso a maior extensão dentro de Formoso. Afluentes mais significativos: Lamarão, Rasgado, Quebra-quinaus, Tabocas, São Pedro, Ingazeiro, Extrema, Bonito, Logradouro, Olhos d’Água, Costa Ledo, Arroz, Capão do Meio, São Cristóvão, Barra Grande, São Antônio, Buritizinho, Jacu, Santa Bárbara, Campo de Fora, Lingüiça, Lajes e Taquaril.
O rio Piratinga era primitivamente conhecido como Paratinga. É estreito, de leito pedregoso, nasce nas contravertentes da Serra Geral, divisa MG/GO, percorre o município no sentido NO/SO e deságua no Urucuia, já dentro de Arinos-MG. Ao longo de dois séculos tem desempenhado uma importante função histórica na colonização e desenvolvimento de Formoso. Com vastas áreas de chapadas, aí se expandiu a Pecuária Extensiva, principal base econômica do Município até 1970. Daí em diante, a região tornou-se a maior produtora de grãos de Formoso, primeiro na Fazenda Caatinguinha como os colonos paturebas, depois com os colonos gaúchos e agora com a Coopertinga – Cooperativa Agropecuária da Região do Piratinga Ltda. Mais de 90% da arrecadação de impostos do Município provém do Vale do Piratinga.

SUBBACIA DO ALTO CARINHANHA
Nasce no meio-norte de Formoso e banha toda a sua região centro-oriental. Segue seu curso oeste-leste como divisor natural entre MG/BA, e deságua no São Francisco. Dentro do Município tem como afluentes mais importantes o rio Preto e o ribeirão Mato Grande. Fora de seu território destacam-se o córrego dos Bois, ribeirão do Gibão, e os rios Cochá e Itaguari. Com imensas veredas, chapadões arenosos e buritizais, sua vocação produtiva foi logo direcionada à criação de gado até o momento em que na área por ele banhada instalou-se o Parque Nacional Grande Sertão Veredas.
O rio Carinhanha concentra em seu bioma uma das mais ricas biodiversidades em áreas de GERAIS. Além de sua potencialidade ecossistêmica, o rio também deu sua contribuição à história rodoviária do Brasil-Colônia, pois seu curso era parte da Estrada Real Picada da Bahia.

SUBBACIA DO ALTO SÃO DOMINGOS
É a menor de Formoso, e abrange o sul-sudoeste do Município. Área de relevo montanhoso sob acentuada influência da já citada Serra Geral de Goiás, o rio S. Domingos nasce no extremo noroeste de Buritis-MG. Dentro de Formoso, seu maior afluente é o ribeirão Ponte Grande, além de córregos como Ponte Pequena, Santa Inês, Riacho do Campo e Pedra de Amolar. Fora de seu domínio territorial, na margem direita, destaca-se principalmente o ribeirão Fetal, que já pertenceu à Formoso quando este era distrito de Paracatu.
O curso do São Domingos, que corre no sentido oeste-leste até desembocar no Urucuia, é acompanhado pela Serra de mesmo nome e serve de divisa meridional entre Formoso e Buritis. Ao longo de seu talvegue, é notória a sucessão freqüente de depressões muito profundas (vãos) onde desenvolve-se a agropecuária, e solos alternadamente ondulados com vegetação nativa de chapadas. Historicamente, o Rio serviu de trevo para a passagem de gado boiadeiro entre os centros criadores do Urucuia e os do Paranã, em Goiás, até a Inauguração de Brasília. Em sua margem esquerda próximo à ponte da Rodovia MG-400 localiza-se também a Forca da Tocaia do Salobro, monumento que evoca tristes lembranças da época do Carrancismo.

AQÜÍFERO URUCUIA
É um grande reservatório de águas subterrâneas que ainda dispõe de pouquíssimos estudos hidrogeológicos e por isto é pouco conhecido inclusive entre os próprios municípios que ele abrange. Esse aqüífero ocupa uma extensão de 500 Km. Sua área de abrangência começa no Alto Urucuia onde estão os rios formadores desta bacia como o Piratinga e o São Domingos sendo, portanto, da responsabilidade do Município de Formoso cuidar bem do Meio Ambiente, evitando a poluição do solo e do subsolo.
Estão dentro do Aqüífero Urucuia quase toda a Bacia do Urucuia (MG), toda a Bacia do Carinhanha, as nascentes do rio Corrente (goiano, integrante da Bacia do Paranã), o Sudeste de Tocantins, alguns municípios do extremo sul do Maranhão e Piauí, e principalmente todo o território do Oeste da Bahia onde se encontra 75% da área de abrangência totalizando 120 mil Km2. O aqüífero tem em média 400 metros de profundidade chegando a 1.500 M na área sul de abrangência, ou seja, no Alto Urucuia onde estão os rios de Formoso. Os poços perfurados chegam a ter uma vazão de 400m3/h, variando de 10 a 12m3/h/m. Os ciclos de produção agrícola insustentáveis, se forem mantidos com o uso de fertilizantes e agrotóxicos, comprometerão a existência desse aqüífero, pois ao contrário das águas superficiais (as do leito do rio) que se decantam em menos tempo, as águas subterrâneas, por seu deslocamento lento, são muito mais suscetíveis à poluição ambiental.

9 – RELEVO, SOLO E CLIMA:

O solo do território de Formoso-MG pertence ao bioma Cerrado e é parte integrante da Bacia Sedimentar do São Francisco na região do Planalto Central. Sua estrutura rochosa é de origem cenozóica. Sua formação geológica pertence ao Grupo Urucuia.
No Município predomina o latossolo vermelho-amarelo com textura média. Os solos podem ser: arenoso (quando tem cerca de 70% de areia), argiloso (30% de argila na sua composição) ou humífero (quando apresenta 10% de húmus).
O relevo de Formoso é 50% plano, 20% ondulado e 30% montanhoso. É formado pelas serras do São Domingos, de Santa Maria (denominação local para a Serra Geral – divisa MG/GO), do Piratinga, do Meio, do Costa, da Bocaina e pelo Morro do Barreiro. Os terrenos são mais elevados no centro-sul do município. Formoso possui em média 840 metros de altitude. Na chapada Vereda Comprida fica a altitude máxima – 1.018 metros – e na foz do córrego do Costa a altitude mínima – 669 metros.
Formoso apresenta clima tropical de altitude com temperatura média anual de 26,4ºC. A temperatura média máxima anual é de 33,2ºC, e a média mínima anual é de 17,8ºC. O índice pluviométrico médio, isto é, o volume de chuvas tem variado, anualmente, entre 1200 e 1320 mm. Em 1976 foi instalada a Estação Meteorológica de Formoso, responsável por informações locais sobre clima e tempo como esta: entre 1982 e 2002, o ano mais quente no Município foi 1999, com temperatura de 38ºC.

10 – FAUNA E FLORA:

A fauna é formada pelo conjunto de espécies animais enquanto a flora é constituída pelo conjunto de plantas existentes em um determinado lugar. A vegetação pode ser nativa, artificial ou exótica.
Segundo a Fundação Pró-Natureza (Funatura), ONG responsável pelo programa de gestão ambiental do Parque Nacional Grande Sertão Veredas mediante autorização do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama), só na Bacia do alto CARINHANHA que fica no extremo leste do município de Formoso, estão concentradas 56 espécies de mamíferos, 244 de aves, 62 de peixes, 22 de anfíbios e 31 de répteis. Entre os espécimes novos ou raros e ainda não descritos por cientistas, acham-se o peixe do gênero Laemolyta e um sapo do gênero Bufo. Esta é apenas uma pequena amostragem da riqueza natural presente na fauna do nosso Município.
A flora de Formoso, que já foi muito mais variada do que hoje por causa dos desmatamentos para o Agronegócio, ainda é composta de paisagens exuberantes encontradas ao longo de seu território. Essas paisagens são encontradas em matas ciliares ou de galeria, nas chapadas, brejos, boqueirões, capoeiras e capões, nos campos limpos, etc.

11 – FORMAÇÃO ECONÔMICA:

· 1778 a 1975: A PECUÁRIA era a atividade econômica principal. Predominaram as boiadas e a agricultura de subsistência. A roça e o latifúndio bovinocultor eram as unidades produtivas.
· 1975 até hoje: AGRICULTURA MECANIZADA. Já houve três ciclos econômicos: PATUREBA (1975-1979) com plantação de milho e feijão na Fazenda Caatinguinha; GAÚCHO (1980-1989) com plantação de arroz e soja; e NIPO-CERRATENSE (1990-hoje) com plantação principalmente de soja.
12 - FORMAÇÃO SOCIAL

· 1775 a 1975: Fazendeiros Pecuaristas, ESCRAVOS, agricultores agregados e vaqueiros.
· 1975 até hoje: Fazendeiros Agronegociantes, Comerciantes, Trabalhadores rurais “bóias-frias”, Funcionários Públicos, etc.

13 –FORMAÇÃO HISTÓRICA E POLÍTICO-INSTITUCIONAL

O povoamento do território de Formoso-MG começou na segunda metade do século XVIII como decorrência da movimentação rodoviária colonial
pela Picada da Bahia – Estrada Real oficializada em 1736 pelo rei D. João V, que no mesmo ano instalou o Registro Fiscal de Santa Maria, na fronteira entre Minas Gerais e Goiás, a menos de 70 Km da atual Cidade de Formoso para fiscalizar o comércio de ouro e gado entre o Vale do São Francisco e as Minas do Centro-Oeste, em Goiás e Mato Grosso.
Naquela época a região do município era ocupada por fazendeiros do Norte de Minas e a área do Alto Urucuia – onde Formoso se encontra – pertencia ao domínio usufrutuário de Matias Cardoso de Oliveira, que sucedeu à família baiana Garcia D’Ávila, da Casa da Torre de Tatuapara, que tinha o usufruto do Alto Carinhanha desde 1659, segundo o historiador baiano Moniz Bandeira. Pela Picada da Bahia viajavam autoridades do Reino como D. Luiz da Cunha Menezes – aquele da Inconfidência Mineira – que, nomeado Governador da Capitania de Goiás, deslocou-se de Salvador-BA, hospedou-se no “Sítio Formoso” em 4/10/1778 e registrou o fato em seu diário de viagem – sendo esta a data de origem oficial do nosso povoamento. Não se sabe quem era o proprietário dela, mas a Fazenda Formoso – segundo conservou a tradição oral do século XIX e os “Registros Paroquiais” encontrados na Divisão Fundiária de 1942 – era de propriedade do sertanista FELIPE TAVARES DOS SANTOS, que se supõe ser parente próximo do bandeirante paulista Antônio Raposo Tavares. Na primeira metade do século XIX, além da Família do seu Fundador, outras também se tornaram co-responsáveis pela colonização do território de Formoso como Ornelas, Almeida, Carneiro, Mendes e Magalhães, que se juntaram a outras no século XX como Moreira, Andrade, etc.
Formoso foi elevado à categoria de Distrito do Município de Paracatu pela Lei Provincial nº: 1.713 de 5/10/1870. Depois seu território distrital foi transferido para o Município de São Romão por determinação da Lei Estadual nº: 843 de 7/9/1923. O arraial foi alçado à condição de Vila em 1933. Seu Processo de Emancipação Política foi resultado de um projeto de autoria do Deputado Lourival Brasil Filho, que o incluiu entre os distritos que se tornaram municípios por força da Lei nº: 2.764 de 30/12/1962.
A Instalação do Município de Formoso se deu no dia 1º de março de 1963 – considerada a data oficial de seu aniversário – quando também foi empossado o Intendente Osvaldo da Silva Ornelas. A Câmara Municipal de Formoso só viria a ser instalada com a posse de sua Primeira Legislatura em 5/8/1964, paralelamente à posse do primeiro prefeito.
Estes são os ilustres cidadãos que, eleitos pelo Povo Formosense, já foram empossados como Prefeitos do nosso Município:
· VANDERLINO DE ALMEIDA ORNELAS (Vande) – 1ª Administração Municipal: 1964/1967;
· OSVALDO DA SILVA ORNELAS – 2ª Administração Municipal: 1967-1970;
· JOSÉ BOTELHO DE CASTRO – 3ª Administração Municipal: 1971/72;
· LOURIVAL ANDRADE ORNELAS (Louri) – 4ª, 6ª e 8ª Administrações Municipais: 1973-1976, 1983-1988, 1993-1996;
· NELSON DIAS ANDRADE – 5ª Administração Municipal: 1977-1982;
· ORLANDO JOSÉ DA SILVA – 7ª, 9ª e 10ª Administrações Municipais: 1989-1992, 1997-2000, 2001-2004;
· LUIZ CARLOS SILVA (Luizinho) – 11ª Administração Municipal: 2005-2008.
Obs.: Foram eleitos Vice-prefeitos de Formoso entre 1964 e 2004: Nelson Dias Andrade (quatro vezes), Minervino Andrade Ornelas, Vanderlino de Almeida Ornelas, Osvaldo da Silva Ornelas, Dinarte Henrique Guedes Ornelas, Edgar Carneiro de Araújo, Zenir João Pascoal e Marcos José Francisco de Moura.
No mesmo período (1964 – 2004), foram empossadas onze legislaturas. E estas são as personalidades que integram a Lista da Câmara Municipal de Formoso como os nossos Vereadores: Abdias Magalhães Ornelas, Adelino Carneiro de Queiróz, Adval Pereira Passos, Alberto Carneiro Saraiva, Albertino de Fátima dos Santos, Algemiro Pereira Nascimento, Ana Pereira de Sousa, Antônio Gomes de Oliveira, Antônio Pereira da Silva, Antônio Xavier Pires, Assuero Carneiro de Almeida, Augusto José de Almeida, Benedito da Silva Ornelas, Benedito Rosa Aragão, Cacilda Terezinha Wulff Gurski, Claudemiro Pereira Lins, Dinarte Henrique Guedes Ornelas, Elídio Perdigão, Elísio Pereira Ornelas, Ervino Jeziorny, Evanice de Oliveira Andrade, Eudiene Carlos da Silva, Florípio Alves Santana, Geraldo Edson Teixeira Ornelas, Gerson Moreira dos Santos, Horácio Mendes de Souza, Íon Ives Guedes Ornelas, Isman José Carneiro, Israel Magalhães Ornelas, Izoldino Carneiro de Araújo, Jaudinei Vaz Justino, Jaudival Justino, João Carneiro de Queiroz, Joaquim Borges Carneiro, Joaquim Carneiro Ornelas, Joéton Gomes Ornelas, José Batista de Araújo, José Botelho de Castro, José Carneiro Ornelas, José Euclides Vieira, José de Oliveira, Jurandir Carneiro, Levi Carneiro Magalhães, Lourdes Silva Maciel, Luiz Carlos Silva, Manoel Pereira Gomes, Manoel Pereira Nascimento, Maria Carneiro de Ornelas, Maria Domingas Ferreira de Araújo, Maria Lúcia Santana de Araújo, Mário Santos Filho, Martinho Lopes Ornelas, Minervino Andrade Ornelas, Nelson Dias de Andrade, Odair Guedes Pimenta, Osvaldo Silva Ornelas, Osvaldino José Ornelas, Ozanan Moreira de Sousa, Raimunda José Barbosa Muniz, Raimundo de Paula Almeida, Ramiro Alves de Oliveira, Ranulfo Carneiro de Souza, Sebastião Antônio da Silva, Valdemar Luiz Cecchetto, Valdir Andrade Ornelas, Vanderlino de Almeida Ornelas, Vilmar Teixeira Ornelas e Zenir João Pascoal.

14 – FONTES DE PESQUISA:

· ARAÚJO, Sandra (Org.). Antônio Dó de Volta ao Grande Sertão Veredas, Bsb/Chapada Gaúcha-MG: Unifam/Prefeitura Municipal, 2007.
· BERTRAN, Paulo. Breve Histórico do Noroeste Mineiro e o Parque Nacional Grande Sertão Veredas, Bsb: Funatura/Ibama, 1999 (inédito).
· BRAZ, Brasiliano. São Francisco nos Caminhos da História, Bh: Leme, 1977.
· BRAZ, Petrônio. Serrano de Pilão Arcado (A Saga de Antônio Dó), Sp: Mundo Jurídico, 2006.
· CARNEIRO, Miguel. Formoso: Dois Séculos de História, Goiânia-GO: Edição do autor, 2005.
· CORREIA, Cloude de Souza. Do Carrancismo ao Parque Nacional Grande Sertão Veredas: (des)organização fundiária e territorialidades, Dissertação de Mestrado, PPGAS, Brasília: Unb, 2002.
· CORREIO BRAZILIENSE. Pressão dos Ambientalistas surge efeito, Brasília: S/A Correio Braziliense, 9/4/1989.
· COSTA, João Batista de Almeida. Mineiros e Baianeiros: Englobamento, Exclusão e Resistência, Tese de Doutorado, PPGAS, Brasília: Unb, 2003.
· DURÃES, Oscar Reis. Raízes e Culturas de Buritis no Sertão Urucuiano, Buritis-MG: Prefeitura Municipal, 1996.
· EVANGELISTA, José. O Sertão de Cocos na Bahia, Bsb: Arte e Movimento, 1993.
· FUNATURA/IPHAN. Inventário dos Bens Culturais da Comunidade Assentamento São Francisco Oriunda do Parque Nacional Grande Sertão Veredas, Bsb: 2006.
· JACINTO, Andréa Borghi. Afluentes de Memória: Itinerários, Taperas e Histórias no Parque Nacional Grande Sertão Veredas, Dissertação de Mestrado, Departamento de Antropologia, Campinas-Sp: IFCH/Unicamp, 1998.
· MARTINS, Saul. Antônio Dó, 3ª Ed., Bh: SESC-MG, 1997.
· MATA-MACHADO, Bernardo. História do Sertão Noroeste de Minas Gerais – 1690/1930, Bh: Imprensa Oficial, 1991.
· MELLO, Oliveira. A Igreja de Paracatu nos Caminhos da História, 2ª Ed., Paracatu: Academia de Letras do Noroeste de Minas, 2005.
· MENDES, Xiko. Formoso de Minas no final do Século XX – 130 Anos!, Formoso-MG: Prefeitura Municipal, 2002.
· MENDES, Xiko. Idéias para um Novo Projeto de Cidade em Formoso de Minas, Formoso-MG: UNIFAM, 2007a.
· MENDES, Xiko. Eco-história Local: Formoso em Sala de Aula, Formoso-MG: Unifam/Prefeitura Municipal de Formoso, 2007b.
· MENDES, Xiko. Celebração de um Momento Único, Formoso-MG: ITF, 2003.
· MENDES, Xiko. O Centenário de Guimarães Rosa no Entorno do Parque Nacional Grande Sertão Veredas, Brasília: Unifam, 2008.
· RIBEIRO, Ricardo Ferreira. Sertão, Lugar Desertado: O Cerrado na História de Minas Gerais, Bh: Autêntica, 2006.
· ROSA, Guimarães. Grande Sertão: Veredas, Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1988a.
· ROSA, Guimarães. Noites do Sertão, Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1988b.
· SILVA, Suela R. Plantas do Cerrado utilizadas pelas comunidades da Região do Grande Sertão Veredas, Brasília: Funatura, 1998.
· VASCONCELOS, Diogo de. História Média de Minas Gerais, 4ª Ed., Vol. I e II, Bh: Itatiaia, 1974.VIGGIANO, Alan. Itinerário de Riobaldo Tatarana, Brasilia: Comunicação/MEC, 1974.